segunda-feira

Sem Palavras

Cartilha de votação do Tiririca 2222






 




Dê uma segunda vida ao seu chiclete

Nove em cada dez cidades pavimentadas, no mundo, têm suas ruas impregnadas com gomas de mascar. Três bilhões e meio de chicletes são jogados, todos os anos, nas ruas do Reino Unido. Só na Oxford Street, em Londres, são cerca de 30 mil por dia. Se todo mundo parasse de jogar chicletes ali, ainda seriam necessários 4 meses para deixar a rua totalmente limpa.
Mas o hábito sai caro. Hoje, o custo para retirar um chiclete da rua é três vezes maior do que para produzi-lo – o governo do Reino Unido gasta £$1,5 milhão (mais de R$4 milhões) por ano nessa limpeza.
Jogar o chiclete no lixo comum também não é uma boa ideia, pois ele não será reciclado e vai acabar em um lixão ou aterro, aumentando o volume de resíduos.
Por isso, a designer londrina Anna Bullus se empenha para que as pessoas descartem seus chicletes em um recipiente específico, criado por ela mesma, o GUMDROP, cujo slogan é “Dê uma segunda vida ao seu chiclete”.
O material depositado nesse simpático recipiente rosa, que lembra mesmo uma grande goma de mascar, é encaminhado para a reciclagem e transformado em novos GUMDROPs, que são instalados em mais pontos da cidade, do país, e até em outros países – por enquanto, o produto existe em Londres e em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
A conta de Anna é a seguinte: os britânicos produzem 7 mil toneladas de chicletes por ano. Se 10% fossem jogados em um GUMDROP, seria possível produzir um milhão de novas cestas de lixo para chicletes, que ajudariam a recolher os outros 90%.
O material também pode ser aproveitado para a fabricação de outros produtos de borracha. Se a ideia colar, a designer pensa em comercializar botas feitas de chiclete.
No mês passado, Anna, que tem 26 anos, ganhou o prêmio “35 mulheres abaixo de 35, criando o futuro”, do Management Today.
Em 2007, duas mães canadenses, preocupadas com o estado de seus sapatos, tiveram uma ideia parecida. Leia o post: Ame os seus sapatos!

fonte: http://super.abril.com.br/blogs/planeta/de-uma-segunda-vida-ao-seu-chiclete/

Humoristas comemoram decisão do Supremo de liberar humor na política



A notícia de que o Supremo Tribunal Federal liberou as piadas com políticos no rádio e na TV durante a campanha eleitoral repercutiu no Twitter nesta sexta-feira. Marcelo Tas, Paulo Bonfá e Fábio Porchat e Antonio Tabet foram alguns dos que comentaram a decisão do ministro Carlos Ayres Britto, que concedeu liminar na noite desta quinta-feira, suspendendo o artigo da legislação eleitoral que determina que a partir do dia 1º de julho de ano eleitoral as emissoras ficam proibidas de “usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação”.


O humorista Antonio Tabet, do site Kibeloco, afirmou:"STF concede liminar liberando sátiras a políticos em campanha - Feliz 1985 para todos nós!'', comentou, se referindo ao período do fim da ditadura brasileira. Tabet também parabenizou Fábio Porchat, um dos organizadores do movimento ''Humor sem censura'', que mobilizou os humoristas para pressionar a justiça por mudanças na legislação eleitoral. ''Eu não esperava menos do Fabio Porchat. Quem passa anos lutando contra a NET emplaca mole uma liminar no STF''.

Já Fábio Porchat lembrou de parabenizar a Abert - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, que foi quem entrou com a ação no STF. ''Temos que parabenizar a Abert por também fazer a sua parte!'', afirmou o comediante. 

Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo do programa Pânico, afirmou que agora que o movimento ''Humor Sem Censura'' vingou, é hora de criar o ''Brasilia sem Palhaços''. Hélio de LaPeña, do programa Casseta e Planeta, afirmou que ''próximo passo é liberar o beijo gay nas novelas''. Marcelo Tas, do CQC, elogiou a ação do supremo e a fala de Ayres Britto, que afirmou que ''humor não faz mal à democracia''. Já o comediante Nizo Neto já emplacou uma primeira piada afirmando que ''Cesar Maia é a cara do Gargamel'', uma referência ao personagem do desenho animado Smurfs.

FONTE: Luisa Brasil - Estado de Minas

Humor censurado: Brasil paga mico mundial


Brazil candidates begin daily election broadcasts

Dilma Rousseff and Jose Serra Front-runner Dilma Rousseff and main challenger Jose Serra spoke about their childhoods
Brazil's presidential candidates have taken to the airwaves with the start of daily broadcasts for the 3 October presidential and general elections.
All free-to-air networks must carry the 50-minute slots, which run twice a day.
Main candidates Dilma Rousseff and Jose Serra used their first broadcasts to focus on their own life stories and avoided criticising one another.
The broadcasts a key campaign tool in Brazil, where TV and radio are the main sources of information for most voters.

POLITICAL PROGRAMMES

  • 50 minutes at 0700 and 1200 on radio daily
  • 50 minutes at 1300 and 2030 on TV daily
  • Mon, Wed, Fri: Split between candidates for governor, state deputies and Senate
  • Tues, Thurs, Sat: 25 minutes allocated to nine presidential candidates; 25 minutes for candidates for federal deputy
  • Sun: No slots but 30-second political ads run through day
The tightly regulated programmes are divided up according to the representation in Congress each candidate's political bloc has.
Dilma Rousseff, the candidate of the governing Workers Party (PT), therefore has three minutes more than Jose Serra of the opposition Social Democratic Party (PSDB).
Both contenders used their first broadcast to speak about their childhood experiences and their passion for Brazil.
Ms Rousseff's film, running to 10 minutes and 38 seconds, also included footage of a passionate endorsement from current president, Luiz Inacio Lula da Silva.
"I'm very happy to know I'll hand over the presidential sash to a comrade of my party, a woman comrade," the president said.
With President Lula's backing, Ms Rousseff, his former chief of staff, has seen her fortunes rise in the opinion polls which suggest she may be on course to win outright in the first round.
For his part, Mr Serra steered clear of criticising the Lula administration during his seven minutes and 18 seconds, choosing instead to emphasise his experience.
Comedian Marcelo Tas on 16 August Comedian Marcelo Tas wants a law banning ridicule of candidates overturned
"Brazil had advanced a lot in many areas, but is behind in many others, like health, education, transport, public security and drugs," he said.
"The next president will have to face these challenges and turn ideas into reality and this is what I will do."
The Green party candidate, Marina Silva, who is regarded as a significant third force but with no real chance of winning, stressed sustainability in her first slot which ran to one minute and 23 seconds.
The free air time on radio and TV also includes candidates contesting races for Congress, state governors and state assemblies.
Parties are also allowed to run six 30-second advertisements per day.
No joking matter Faced with the amount of political advertising, one TV comedian has spoken out against a law that forbids any editing or montage of images or audio to make fun of candidates or political parties.

BRAZIL'S ELECTIONS

  • 3 October: Presidential first round
  • 31 October: Second round if no candidate gets 50% + 1 of valid votes
  • Also on 3 October: Governors of all 26 states and the federal district
  • Representatives of state legislatures
  • 513 federal deputies
  • Two thirds (54) of the 81 Senate seats
This includes editing interviews to ridicule candidates or distorting their photographs with cartoons.
Marcelo Tas, the host of popular political satire show CQC, said that a group of comedians would hold a parade against the law this weekend in Rio de Janeiro.
"In Brazil we have a very recent democracy. We used to have no freedom of expression at all during the period of the dictatorship," he said.
"Now that we have in power the people who fight for democracy like President Lula we cannot go backwards in issues like freedom of expression."
The law has been in place since 1997, a relic from military rule from 1964 to 1985, but this year the federal electoral court issued a communique saying that it would now be enforced.
Any TV stations which do not comply could be fined more than $100,000 (£64,000).

sábado

Justiça impede disputa de cerca de 30% dos 3.351 candidatos


O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) encerrou oficialmente na noite desta quinta-feira (26/08) a força-tarefa mobilizada no início de agosto para analisar a situação dos 3.351 candidatos que disputam as eleições no Estado.
CLIQUE AQUI para conferir a lista completa dos candidatos barrados pelo TRE-SP
No total, 913 registros foram indeferidos pela Justiça Eleitoral - 27,2% dos aspirantes a um cargo eletivo neste ano. Destes, 764 já recorreram da decisão. Os barrados pela Lei da Ficha Limpa chegaram, no total, a 39 pessoas, a maioria formada por pleiteantes a vagas de deputados federal e estadual.


Na maior parte dos casos os candidatos foram vetados pela ausência de documentos necessários para a habilitação ou pelo atraso na apresentação do pedido de registro. Como 95 candidatos deixaram a disputa no mês de agosto, o TRE aprovou oficialmente 2.343 candidatos.

Quem teve o registro indeferido pode ainda entrar com recurso no TRE ou apelar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até a tarde desta sexta-feira (27/08), a Justiça Eleitoral barrou em todo o País 3.545 candidaturas de um total de 22.582, ou seja, 15,6%. Deixaram a disputa até agora 850 candidatos.

Em agosto, a Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP) havia ingressado com ação de impugnação contra 1.475 candidatos - 60 deles foram considerados ficha suja. Desses, a Justiça Eleitoral barrou 31, o que representa mais da metade dos que tiveram o registro contestado (51,6%).
Por conta própria, o TRE barrou mais oito candidatos com base na Ficha Limpa. Mesmo os candidatos vetados pelo TRE podem concorrer às eleições sob judice e, eventualmente, ser eleitos nessa condição.


Improbidade
Entre os enquadrados pela nova lei, há os nomes, por exemplo, do vice-presidente do PSDB-SP, deputado estadual João Caramez, e dos deputados federais Paulo Maluf (PP) e Francisco Rossi (PMDB) que tentam a reeleição. Outro candidato considerado ficha suja pela Justiça Eleitoral foi Aldo Josias do Santos (PSOL), que concorre ao posto de vice-governador na chapa de Paulo Bufalo (PSOL). Como a chapa majoritária é considerada indivisível, o veto a Santos levou o TRE-SP a negar também o registro de Bufalo.

O vice do PSOL foi condenado por improbidade administrativa, em decisão proferida por órgão colegiado, na época em que atuava como vereador em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. De acordo com a Justiça Eleitoral, Santos usou indevidamente um dos veículos da prefeitura.

Rossi também teve a candidatura barrada por condenação por improbidade. Em 2002, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) considerou o deputado culpado em ação civil pública referente ao período em que foi prefeito de Osasco (1989-1993), na região Oeste da Grande São Paulo. De acordo com a sentença, Rossi contratou sem licitação serviços de advocacia para a prefeitura e foi condenado a ressarcir os gastos.

No caso de Maluf, o veto deveu-se a uma condenação pelo TJ-SP por superfaturar compra de frangos em 1996, quando era prefeito de São Paulo. Ainda tramita em segunda instância um pedido de embargo da defesa de Maluf.


Prazo


O prazo para o TSE concluir a análise dos pedidos de candidatura era 19 de agosto. O atraso no julgamento de algumas cortes estaduais, como São Paulo, fez com que o limite fosse estendido. Ainda faltam ser julgados nos tribunais regionais do País a situação de 108 candidatos, algumas delas já em fase de recurso.

fonte? http://www.abril.com.br/noticias/brasil/tre-sp-barra-27-candidatos-39-pela-lei-ficha-limpa-591662.shtml

quarta-feira

BLOG POLÍTICA CAMPINAS É GLOBAL!

SUSTENTAR 2010 - Participem!

Sustentar 2010 deve reunir 100 mil pessoas


Campinas apresenta entre 25 e 29 de agosto o Projeto Sustentar, evento internacional que aborda o assunto sustentabilidade, o evento promete reunir 100 mil pessoas na Lagoa do Taquaral. Realizado pela Prefeitura Municipal de Campinas, Universidade de Campinas (Unicamp), Sanasa Campinas, Abmaior Consultoria Ambiental, o Sustentar leva gratuitamente para a população palestras e discussões sobre o desenvolvimento sustentável. Este ano traz convidados de peso para o seu fórum internacional, como o responsável pela área de Educação e Saúde do International Finance Corporation/Banco Mundial, Alexandre Oliveira e o Dr. Carlos Carreiras, Vice–Presidente da Câmara Municipal de Cascais (Portugal). O evento também terá um debate sobre o pré–sal com os candidatos ao Senado brasileiro.

Criado em 2008, ano a ano o Projeto Sustentar ganha mais adeptos e torna–se vitrine para trabalhos que envolvam o tema sustentabilidade. Para o Prefeito de Campinas Dr. Hélio de Oliveira Santos, abraçar eventos como esse é de suma importância para a cidade. “Campinas apresenta um desenvolvimento econômico e social pujante, cujos resultados se exemplificam pela excelência de seus polos tecnológicos e acadêmicos, pelos constantes investimentos em infraestrutura, pelo saneamento de primeiro mundo, pela presença e expansão do Aeroporto Internacional de Viracopos, pela implementação do Trem de Alta Velocidade (TAV), requalificação do centro, entre outros. O desenvolvimento econômico e a proteção ambiental são interligados pela sustentabilidade, objetivando a redução das disparidades sociais, melhor atendimento a maioria da população e, principalmente dos que mais precisam”, diz. “Nessa linha, a otimização econômica campineira favorece o meio ambiente em todas as suas formas, bem como busca a melhoria da qualidade de vida da população. Campinas tem vocação cosmopolita e respeita o meio ambiente e assim é que a sustentabilidade imanta todos os planos, programas e ações do Governo Municipal. É visando agregar esforços, trocar experiências para o fomento das atividades políticas, econômicas, sociais e a proteção ambiental que trazemos o Fórum Internacional Brasil 2020, com a contribuição de renomados especialistas, executivos, lideranças e demais autoridades em níveis nacionais e internacionais”, complementa o Prefeito.

 

Acessem: http://www.institutosustentar.com.br/2010/site/detalhes.php?id=265&tipo=noticia

domingo

2 anos em Breve!

Olá Amigos e Amigas,



Em breve comemoraremos 2 anos com o Blog POLÍTICA CAMPINAS.



Abraços e teremos novidades para a comemoração,



AGUARDEM!

Lei cria política de resíduos sólidos

Milton Paes / Agências

CAMPINAS SÃO PAULO - O prefeito de Sumaré e presidente do Consórcio Intermunicipal de Manejo dos Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, José Antonio Bacchim (PT), acompanhou ontem em Brasília a assinatura do projeto de lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que será sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O substitutivo ao Projeto de Lei nº 354/89, que institui a nova política, apresenta inovações como a logística reversa, que determina que fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores realizem o recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos nesse sistema produtos como agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, todos os tipos de lâmpadas e eletroeletrônicos.

"Esse projeto estava em tramitação no Congresso Nacional há 20 anos e sem dúvida essa lei será um avanço no que diz respeito ao manejo dos resíduos sólidos e, a nossa região, com a criação do consórcio, se faz representada e estamos discutindo ações importantes para adoção de tecnologias viáveis para trabalhar este assunto", declarou Bacchim. O texto da lei que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê a introdução da responsabilidade compartilhada na legislação brasileira, envolvendo sociedade, empresas, prefeituras e governos estaduais e federal na gestão dos resíduos sólidos. Estabelece, ainda, que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada o lixo para o recolhimento do mesmo, fazendo a separação onde houver a coleta seletiva. A indústria de reciclagem e os catadores de material reciclável devem receber incentivos da União e dos governos estaduais.

Os municípios brasileiros só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão. Terão prioridade no financiamento federal os consórcios intermunicipais para gestão do lixo. A Política Nacional de Resíduos Sólidos proíbe a criação de "lixões" onde os resíduos são lançados a céu aberto. Todas as prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem. Será proibido catar lixo, morar ou criar animais em aterros sanitários. O PL também veta a importação de qualquer tipo de lixo.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, por meio dos incentivos e novas exigências, o País tentará resolver o problema da produção de lixo das cidades, que chega a 150 mil toneladas por dia. Deste total, 59% são destinados aos "lixões" e apenas 13% têm destinação correta em aterros sanitários.

Lançamento

Na iniciativa privada, o segmento também chama a atenção do mercado e empresas como a AST Facilities, que veem seu faturamento aumentar seis vezes no primeiro semestre de 2010, com novos produtos para atender a essa demanda. O principal fator da expansão no caso da AST foi o Super Green, detergente biodegradável que possui 85% de matérias-primas naturais. O produto também diminui o uso de água no processo de lavagem, já que permite que o ambiente seja limpo só com um pano seco dias após a aplicação.

Outras ações da empresa que contribuíram para o aumento no faturamento são capacitação de profissionais de limpeza. "Nossos profissionais, hoje, não são tratados como a 'tia do cafezinho' e o 'tio da limpeza', mas sim como técnicos de higienização treinados na prestação de serviços, que possam ser bem remunerados e tratados com dignidade", explica por nota o diretor da empresa, Flávio Nascente dos Santos. Agora, a AST está com a meta de se tornar referência em soluções de limpeza e higienização.

sexta-feira

PONTOS DE RISCOS DA CIDADE DE CAMPINAS-SP

“Debate inglês” é bom para Plínio e pior para Dilma




Resumo do debate da Band entre os presidenciáveis:

Nas palavras da experiente socióloga Fátima Pacheco Jordão, “parecia um debate inglês”. Não houve provocação, piada, baixaria nem puxada de tapete. Só discussão de “alto nível”. Comparado aos debates que a própria Band rememorou na abertura do programa, foi de dar sono. Começou com quase 6 pontos no Ibope, o que é muito para quem concorreu com uma semifinal de Taça Libertadores, e terminou com menos de 2 pontos.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) saiu com mais do que entrou. Já pode colocar no currículo que foi “trending topic” mundial do Twitter: seu nome foi uma das expressões mais citadas por usuários da rede social no mundo durante o período do debate.
Na forma, foi quem melhor se saiu, dirigindo-se diretamente ao telespectador com intimidade. Falou com segurança e surpreendeu pelo tom direto e por partir para o confronto. No conteúdo, é para quem concorda com as ideias do PSOL. Talvez comece a beliscar um pontinho ou outro na próxima rodada de pesquisas. A fórmula, todavia, pode cansar rápido.

Marina Silva (PV) perdeu uma oportunidade para ser notada. Plínio ocupou o lugar que poderia ter sido dela, se fosse uma franco-atiradora. Não é. Comportada, demorou para conseguir mostrar suas diferenças em relação a Dilma e Serra. Só embalou quando começou a falar de meio ambiente, mas o debate já estava acabando.
Foi segura, olhou direto para a câmera. Mas precisará ser mais agressiva, ou pelo menos incisiva, para ganhar espaço numa disputa tão polarizada. Isso parece contrariar sua natureza conciliadora. O poema que declamou no final ficou fora de contexto. Não emocionou.

José Serra (PSDB) mostrou que é mais experiente que Dilma. Conseguiu criticar o governo sem falar mal de Lula. Surpreendentemente, não abjurou o governo Fernando Henrique Cardoso, ao contrário. Usou uma linguagem mais direta e popular do que a principal adversária. Conseguiu dominar boa parte do temário do debate, pondo a saúde, seu ponto forte, em evidência (o que lhe valeu a pecha de “hipocondríaco”, dada por Plínio).
Mas Serra falou duas bobagens que poderão ser exploradas pelos adversários. Ao enumerar os problemas de portos e aeroportos, arrematou: “Eu não sei como se vai resolver isso”. Não é a melhor frase para um candidato.
Depois, ao falar de reforma agrária, qualificou propriedades de 80 hectares como “chácara de fim-de-semana”. São 800 mil metros quadrados, algo como 80 quarteirões, praticamente um bairro.
No final, Serra foi buscar uma memória do pai para emocionar-se. Embargou a voz e lacrimejou. A emoção pareceu genuína, mas a técnica para obtê-la pareceu estudada.

Dilma Rousseff (PT) cometeu todos os erros que os rivais diziam que ela cometeria. Foi prolixa, usou um palavreado difícil e vazio: “política estruturante”, “flexibilizar”, “bioma”, “oligopolizados”. Abusou das siglas, do jargão e de cifras. Não concluiu a maior parte dos raciocínios que começou. Olhou para o oponente em vez de olhar para o telespectador. Quando o fez, olhou para a câmera errada. Estava ofegante, respirando fora do ritmo das frases. Estourou o tempo em quase todas as respostas.
Mas o pior erro de Dilma foi outro. Ela demorou uma hora e meia para dizer a palavra mais importante do seu discurso: Lula. Antes, sempre disse “nosso governo”, sem explicar que era o governo dela e de Lula. Quando percebeu o equívoco, já estava no final do debate. E, mesmo quando tentou, não conseguiu usar a figura do presidente para passar emoção. Num olhar de Poliana, Dilma ao menos sabe, agora, tudo o que precisa corrigir para o próximo debate.

RESUMO – O debate da Band muda o rumo da campanha? Não. Ao menos por ora, Dilma segue sendo favorita. Os adversários podem comemorar porque os pontos fracos da candidata do governo ficaram evidenciados, e serão explorados. Para quem está em baixa nas pesquisas e com dificuldades para obter financiamento de campanha, é um alento. Mas ainda é insuficiente para virar o jogo. Aumenta, porém, a importância dos próximos debates.

por Jose Roberto de Toledo Seção: Eleição para presidente - 06.agosto.2010 02:17:28

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