quinta-feira

Supremo decide que eleitor só precisará de documento com foto para votar


Por oito votos a dois, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram nesta quinta-feira (30) que o eleitor precisará de um documento com foto na hora da votação. O plenário julgou uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) apresentada pelo PT, que pedia que a Corte derrubasse a exigência de apresentação de dois documentos para votar -o título de eleitor e outro, com foto. O PT argumentava que a ausência do título acabaria “por cassar o exercício da cidadania do eleitor”. A ação é resultado da preocupação da sigla na candidatura de Dilma Rousseff e da possibilidade de um grande número de abstenção na camada de baixa renda, que vota na petista, principalmente no eleitorado das regiões Norte e Nordeste.

O que ficou decidido

Plenário do Supremo Tribunal FederalPara votar: É obrigatório documento de identificação com foto -  Só o título de eleitor não será aceito
Em seu voto, a ministra-relatora do caso, Ellen Gracie, ponderou que a dupla documentação era “desnecessária”. “Entendo que não é cabível que coloque como impedimento ao voto do eleitor (...) [Assim] a ausência do título de eleitor não impediria o exercício do voto”, disse.
O voto foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello, para conceder a liminar nesse sentido.
Antes da conclusão da decisão, a ministra frisou que, com a decisão, o documento “não se torna inútil”, apenas dispensável. “Quem trouxer o título, será atendido com mais celeridade (...) Segue-se exigindo ambos os documentos, mas a ausência do título não impede o direito de votar.”


Camila Campanerut -UOL Eleições - Em Brasília

Rede Globo promove debate com os candidatos à Presidência nesta quinta

Dilma (PT), Serra (PSDB), Marina (PV) e Plínio (PSOL) são os participantes

Eleições 2010 
Rede Globo realize debate com candidatos à
Presidência da República nesta quinta, dia 30
A Rede Globo realiza nesta quinta-feira, dia 30, na Central Globo de Produção, no Rio de Janeiro, o debate com os candidatos à Presidência da República. A transmissão começa às 22h30, após a novela Passione. Estão convidados os quatro candidatos dos partidos com representação na Câmara: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).
Mediado por William Bonner, o debate terá cinco blocos: o primeiro e o terceiro, com temas determinados; o segundo e o quarto, com temas livres; e um último, para considerações finais. O posicionamento dos candidatos no estúdio foi definido por sorteio. Da esquerda para a direita, estarão José Serra, Marina Silva, Dilma Rousseff e Plínio de Arruda Sampaio. Os candidatos terão 30 segundos para perguntas, dois minutos para respostas, um minuto para réplica e um minuto para tréplica. Para o direito de resposta, que será analisado por Bonner e pela equipe de produção, o tempo será de um minuto.
As perguntas serão feitas sempre de candidato para candidato. Para que todos os candidatos perguntem e respondam ao menos uma vez em cada bloco, será seguido o método do matemático Oswald de Souza. Segundo essa regra, na abertura de cada bloco, o mediador sorteia o candidato que faz a primeira pergunta. O candidato sorteado então pergunta para candidato de sua livre escolha. O candidato que respondeu faz a próxima pergunta a qualquer debatedor que ainda não perguntou, nem respondeu, e assim por diante. O último a perguntar no bloco formulará a questão, necessariamente, a quem o iniciou. No bloco de temas determinados, a mecânica é a mesma, mas, antes das perguntas, o mediador sorteia o tema a ser abordado.
Se algum candidato faltar, em cada bloco, um dos candidatos presentes poderá relatar ao público a pergunta que faria ao ausente. Ele terá 40 segundos para fazer isso. Relatada a pergunta, ele deverá escolher um dos candidatos presentes para fazer outra pergunta. A partir desse ponto, seguem-se as regras já descritas. O lugar destinado ao candidato ausente ficará vazio, com uma placa com o nome dele.
Cada participante pode ser acompanhado por até 10 assessores, sendo que apenas dois deles terão acesso ao candidato no estúdio durante o debate. Além disso, cada um pode convidar até 25 pessoas para estar na plateia. Ao término do debate, os candidatos darão uma entrevista coletiva de cinco minutos na sala da imprensa. A ordem das entrevistas foi determinada por sorteio. A candidata Dilma Rousseff será a primeira a falar com a imprensa, seguida de Plínio de Arruda Sampaio, José Serra e Marina Silva.

terça-feira

Rede Globo exibe debates com candidatos a governador nesta terça

28/09/2010 06h00 - Atualizado em 28/09/2010 10h08

Encontros serão nos 26 estados e no Distrito Federal.
Transmissão ao vivo começa logo após a novela 'Passione'.

Do G1, em São Paulo
 
A Rede Globo exibe nesta terça-feira (28), logo após a novela "Passione", debates com candidatos ao governo nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Em razão da transmissão dos debates, não serão exibidos os programas "Casseta & Planeta Urgente", "A Cura" e "Corujão".
As regras dos debates serão iguais em todos os estados e no Distrito Federal. Em alguns estados, em razão do menor numero de debatedores, o programa terá duração menor.

sábado

Presidenciáveis participam de debate decisivo no domingo

Debate da TV Record será decisivo para definir as eleições 

Assessores dos candidatos ressaltam importância do encontro, na noite de domingo

O debate entre os candidatos à Presidência da República que a TV Record vai promover no próximo domingo (26), às 21h, e que será transmitido ao vivo pelo R7, pode decidir se as eleições deste ano terminam no primeiro ou avançam para o segundo turno, avaliam os coordenadores das campanhas dos candidatos Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), que participarão do encontro. Todos são unânimes em afirmar que, por se tratar de um encontro às vésperas da eleição (marcada para o dia 3 de outubro), o debate de domingo pode interferir decisivamente no voto de quem assistir ao embate entre os candidatos.

Um dos principais coordenadores da campanha petista, o deputado federal José Eduardo Cardozo (SP), afirmou ao R7 que Dilma estará preparada para os “ataques” dos adversários, uma das táticas que podem ser usadas para tentar diminuir a vantagem da petista nas pesquisas.

Vai ser um debate importante porque estamos na reta final da campanha. Nossa esperança é que seja um confronto de ideias e não de desqualificações, como as que vêm sendo praticadas pelos nossos adversários. Nossa candidata fará um debate de nível.

Já a senadora Marisa Serrano, vice-presidente do PSDB, disse que o debate entre presidenciáveis na reta final da campanha será fundamental para que os eleitores avaliem melhor os principais candidatos para, assim, escolher em quem votar.

- Estamos na reta final, este debate pode ser decisivo para as campanhas.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL), que coordena a campanha de Plínio, disse que o debate “tem uma importância fundamental e estratégica”.

- A TV Record aparece em um momento decisivo. O Plínio vai aproveitar o debate para mostrar que o PSOL é o partido Ficha Limpa.

João Paulo Capobianco, coordenador da campanha de Marina Silva (PV), avalia que o debate da Record pode ser um dos mais importantes, porque ocorre em um momento de mudança no quadro eleitoral, com um crescimento da candidata verde nas pesquisas.

- Será o primeiro debate em rede nacional com grande alcance.

De acordo com ele, Marina está em seu melhor momento e deve ter um desempenho muito bom no debate.

- Ela tem tido coerência desde o início da campanha, não fez movimentos eleitoreiros ou demagógicos. Esperamos que esse momento seja de uma virada na disputa.

Fonte:R7

terça-feira

Dia da Árvore - acessem: http://www.diadaarvore.org.br/


acessem: http://www.diadaarvore.org.br/

Uma Boa Notícia! "Desmatamento da Amazônia pode ser o menor desde 1977".


O desmatamento da Amazônia no período entre 2009 e 2010, medido pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), pode ser o menor desde que a região passou a ser monitorada, em 1977.

O número oficial apurado pelo sistema Prodes será divulgado apenas em novembro, mas o Ministério do Meio Ambiente acredita que a área destruída ficará entre 5.000 km² e 6.000 km² no período.

Se a projeção se confirmar, o Brasil terá antecipado a meta de desmatamento prevista para 2015. O recorde anterior foi registrado entre 2008 e 2009, quando foram derrubados 7.400 km² da floresta.

A estimativa do resultado foi feita com informações do Deter, outro sistema também ligado ao Inpe, mas menos preciso.

Incêndios ameaçam Cerrado

Apesar do bom resultado na Amazônia, o Cerrado brasileiro perdeu 50% da área, de acordo com o IBGE, principalmente por conta do aumento das queimadas.

Foram 8.113 focos até setembro, 386% a mais que em 2009. O tempo seco e ações criminosas são apontados como as causas por ambientalistas.

Redator: Roberto Saraiva

Redator: Roberto Saraiva - Da Redação, com BandNews FM - cidades@eband.com.br

sexta-feira

Ética, Integridade e um pouco de fio de bigode! Não faz mal a ninguém.....

Ética é como o caráter de uma pessoa, o qual poderá conhecê-lo diante dos seus comportamentos em situações
antagonistas como, quando a pessoa tem em mãos muitos poderes ou está em uma situação de muita pressão, queda financeira, profissional e/ou pessoal e/ou sucesso financeiro, profissional, pessoal... Nestas condições as fraquezas e defeitos, bem como o sucesso e poder, estarão mais evidentes e um bom observador verá em pouco tempo o necessário para formar sua opinião.
A Ética é algo que você aprende, mas mesmo quando você não tem muita experiência de vida, é algo que você tem ou não tem!

Você é capaz de acreditar em uma pessoa que se apresenta como um profissional ético e no seu dia-dia ele não é ético em suas relações pessoais?
Pensando deste modo é fácil ver uma palavra que agrega sinergicamente neste pensamento! A integridade.A Ética é um bem público comum do progresso, do bem global, construído por todos, com pequenos gestos, pequenas atitudes que tornam a ética indissociável da rotina cotidiana e da INTEGRIDADE. Que saudade da época em que a palavra de um homem era sinônimo de honra, de honestidade e integridade ética de conduta! Que saudade da época que não “era nascido”.... a época do fio do bigode!

Por: Alexandre Carvalho Rezende

terça-feira

1° RALLY NÁUTICO ECOLÓGICO NA REPRESA GUARAPIRANGA

Com o apoio do  Sailing Center Marina Atlântica, da ONG Ficais da Natureza e parceiros, no dia 25 de setembro, a partir das 10h, será realizado o 1° Rally Náutico Ecológico em uma das principais fontes de abastecimento de água potável da região metropolitana de São Paulo, a “Represa Guarapiranga”, em prol da preservação da região de mananciais e mobilização da sociedade.

Atualmente a Represa sofre um grande desequilibrio ambiental causado pelo escoamento de esgoto doméstico e resíduos sólidos despejados por moradores de construções irregulares da região - não beneficiários de saneamento básico e programas de coleta – além, da proliferação de macrófitas (plantas aquáticas) que se alimentam destas impurezas, apropriando-se do oxigênio da água e bloqueando a passagem de luz necessária para sobrevivência de animais que lá habitam.

Ainda que não esteja totalmente despoluída, é utilizada como local de lazer e esportes náuticos, por conta de suas praias artificiais, clubes e marinas de barcos existentes em sua margem, é também um refúgio de vida silvestre, sua área verde possui uma alta diversidade de espécies de animais (veados, capivaras, macacos, preguiças, esquilos, entre outros), aves de outras regiões do Brasil e vegetais como: árvores, bromélias, orquídeas, samambaias, etc.

Destacam-se também muitas aves migratórias popularmente conhecidas como maçaricos e batuíras, que migram todos os anos (entre agosto e maio) do Norte da América do Norte para o Sul da América do Sul, utilizando a Represa como uma de suas paradas para descanso e busca de alimentos.

Por este motivo, o Rally Ecológico será uma competição emocionante, onde navegadores e suas equipes, formadas por familiares e amigos, abraçaram a causa e embarcarão em busca de objetos deixados na água responsáveis por grande parte da poluição. Haverá premiações para as equipes que retirarem maior quantidade de lixo da Guarapiranga e também para quem retirar o lixo mais curioso/engraçado.

As inscrições poderão ser realizadas através do e-mail: rallyambiental@gmail.com ou pelo telefone: (11) 5522.7100.

1º RALLY NÁUTICO ECOLÓGICO

Data| 25 de Setembro.
Horário| A partir das 10h.
Local| Sailing Center - Represa Guarapiranga
Valor da inscrição por pessoa l R$ 40,00
Crianças|A partir de 09 anos – R$ 40,00

Credenciamento para imprensa:
Idealizzare – Assessoria de Imprensa
Meg Sousa
Tel l (11) 7768.8248
ID l 121*118383

Informações de Serviço:
Telefone| (11) 5522.7100

quinta-feira

ÁGUA - Informações importantes!




Muitos acreditam que ela seja barata e abundante. Mas, por causa dos nossos atuais sistemas de gerenciamento de água, uma em cada cinco pessoas no planeta não dispõe de acesso adequado a uma água potável, limpa e segura.
Embora o volume total de água no planeta não tenha jamais se alterado, a natureza dessa água está mudando. Desde os lugares onde cai a chuva até a composição química dos oceanos, tudo está em fase de mudança. E essas mudanças estão nos forçando a fazer algumas perguntas difíceis sobre como e onde nós vivemos e trabalhamos.
A Terra tem um sistema de autorregulagem da água que é quase perfeito. Todos nos lembramos das lições recebidas na escola: a água dos oceanos evapora e forma as nuvens. Essas nuvens deslocam-se sobre os continentes e produzem a chuva. A água da chuva corre para os lagos, rios ou para os aquíferos. A água dos lagos, rios e aquíferos então evapora e volta para a atmosfera ou flui para os oceanos, completando o ciclo. Mas a humanidade atrapalhou esses planos.

Toda vez que interagimos com a água, nós a transformamos, mudamos sua direção ou alteramos o seu estado.

Muito embora ela seja em si um recurso mundial, nós a tratamos como se fosse um assunto regional. Não há um mercado global para ela, e há pouca comercialização internacional. “Água diz respeito a quantidade, qualidade, espaço e tempo”, diz Ian Cluckie, professor de Hidrologia e Gerenciamento da Água na Universidade de Bristol, Inglaterra, no relatório Global Innovation Outlook da IBM sobre gerenciamento da água (US). “Se você tem ou não um grande problema, isso é coisa que depende inteiramente de onde você vive.”
Mas, junto com a inovação, vem a inspiração. Utilizando avanços tecnológicos – redes de sensores sofisticados, medidores inteligentes, computação pesada e análise de dados avançada – nós podemos ser mais inteligentes sobre como gerenciamos a água de nosso planeta. Hoje podemos monitorar, medir e analisar ecossistemas inteiros, desde rios e reservatórios até as bombas e canos em nossas casas. Podemos dar a toda e qualquer pessoa, organização, empresa, comunidade e nação que dependa de um suprimento contínuo de água limpa – ou seja, todos nós – uma visão única, confiável e atualizada do uso que fazem de sua água. Mas esta é apenas uma primeira gota.




Muitas informações no site : http://www.ibm.com

Um bom exemplo relacionado ao Meio Ambiente.






A UMAPAZ é um projeto da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) da Prefeitura do Município de São Paulo e que opera por meio de uma rede de parcerias. Foi concebida em 2005 e iniciou suas atividades em janeiro de 2006.





No início de 2005, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, propôs dotar a Cidade de uma Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz, para ampliar a sensibilização e a preparação da sociedade para lidar com as riquezas e os riscos presentes na relação sócio-ambiental na Cidade de São Paulo, bem como pela importância de fomentar e oferecer instrumentos para a ação conjunta de sociedade e governo em prol da sustentabilidade e da paz em São Paulo.

A visão da UMAPAZ é de uma instituição pública e em rede que seja, a um tempo, um elemento aglutinador e potencializador de iniciativas já existentes e um ponto de disseminação pública de informações, conhecimentos e experiências sobre educação ambiental e para a paz na Cidade de São Paulo, a exemplo do que já ocorre em outras cidades e países.

O Prefeito aprovou a idéia de instituir, em São Paulo, a Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz – UMAPAZ - e designou, também, um prédio no Ibirapuera para sediar a UMAPAZ.

A proposta básica da UMAPAZ foi apresentada e aprovada no CADES – Conselho Municipal do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, em 28 de julho de 2005.

A formulação da proposta da UMAPAZ considerou outras experiências de Universidades Abertas ou Livres em vários países e no Brasil, que complementam ou suplementam as instituições de ensino formal, como a Unilivre – Universidade Livre do Meio Ambiente, em Curitiba (PR); a Universidad Libre del Ambiente, em Córdoba – Argentina; a U-Peace de Costa Rica; a Universidad Libre de Cataluña, na Espanha e o Schumacher College, na Inglaterra.

Após a aprovação do projeto básico, o detalhamento da concepção da UMAPAZ foi feita de forma participativa, com 60 pessoas, metade da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente e metade de outras instituições, com variadas especialidades e experiências, e que participaram do processo de planejamento realizado entre setembro e novembro de 2005.

Desde a sua concepção, a UMAPAZ se propõe a ser uma organização em rede, operando por meio de uma teia de parceiras com propósitos similares. Parceiros precursores como U Peace, Unesco, Associação Palas Athena, Associação Monte Azul, Gaia Education, Grupos Ecobairro e Ecovilasp, Instituto Migliori, I-Paz e Rede Ação pela Paz e parceiros que vêm se integrando na programação de atividades.

quarta-feira

1969: O seqüestro do embaixador americano

Jornal do Brasil: 5 de setembro de 1969


No início da tarde daquela quinta-feira, um grupo de jovens, formado por militantes dos movimentos clandestinos MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) e ALN (Ação Libertadora Nacional), protagonizou um dos mais ousados momentos da história da resistência contra a ditadura militar: o seqüestro do embaixador americano Charles Elbrick. Sua captura foi premeditada para que o seu resgate fosse negociado em troca da libertação de 15 presos políticos.

A operação aconteceu em Botafogo, quando o carro do diplomata foi interceptado no percurso entre a sua residência oficial e a sede da embaixada, no Centro. De lá foi levado para um casarão na Rua Barão de Petrópolis, onde permaneceu detido.
Jornal do Brasil: 5 de setembro de 1969
Para ampliar a imagem, clique aqui!


Pressionado, o governo brasileiro aceitou as condições impostas pelo grupo, frisando que a iniciativa visava impedir o sacrifício da personalidade americana. Clique aqui e confira a lista dos libertados.

Durante a operação, a equipe do JB recebeu telefonemas anônimos que orientavam a respeito da localização de cartas do embaixador escritas para a sua esposa, e de instruções dos seqüestradores a respeito da negociação da troca: a lista com o nome dos presos de interesse, as garantias de proteção ao embaixador, ... A primeira carta (original / tradução), encontrada no dia 5 estava na caixa de esmolas da igreja de Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado. A segunda (original / tradução), também encontrada no dia 5, estava no Supermercado Disco, no Leblon. A terceira (original / tradução), achada no dia 6, foi encontrada em frente à Editora Bloch, no Russel. A última carta (original / tradução) foi achada numa praça em Copacabana, no dia 7.
Jornal do Brasil: 7 e 8 de setembro de 1969

No dia 8, conforme garantido pelos seqüestradores, o Sr. Elbrick foi libertado na Tijuca após a confirmação de que os exilados haviam chegado ao México.

sábado

Educação Ambiental: transformar projetos pontuais em políticas públicas


Gisele Barão, Leticia Scheifer e Mariana Galvão
Para o professor Marcos Sorrentino, da Universidade de São Paulo (USP), é preciso que “o desenvolvimento não signifique uma degradação do ser humano, mas pelo contrário, signifique melhoria da qualidade de vida”. Para isso, “é importante agora, em período eleitoral, que a gente saiba eleger políticos que tenham compromisso com a educação ambiental”, afirmou. Leia a entrevista.


Marcos Sorrentino é professor do Departamento de Ciências Florestais da Universidade de São Paulo (USP) e foi diretor de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente entre 2003 e 2008. Nos dias 20 e 21 de agosto, participou do Colóquio sobre Educação Ambiental, no campus Central da UEPG, organizado pelo Núcleo de Estudos em Meio Ambiente (Nucleam).

Portal Comunitário: Quais os maiores problemas brasileiros que tornam necessárias iniciativas em educação ambiental?
Marcos: Todos os problemas de degradação do meio ambiente, óbvio. O aquecimento global, que agride o país, a poluição das águas, degradação dos solos. O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. São inúmeros problemas, mas a crise ambiental é muito mais ampla do que esses problemas mais visíveis.

Então, o Brasil, como um país que está se desenvolvendo economicamente, deve olhar para isso com muita atenção, para que o desenvolvimento não signifique uma degradação do ser humano, mas pelo contrário, signifique melhoria da qualidade de vida, aprimoramento espiritual, intelectual, afetivo dos seres humanos que habitam esta parte do planeta.
Portal: E a questão do lixo? Em Ponta Grossa temos o caso da construção de um aterro privado em área de proteção ambiental...
Marcos: A questão do lixo, a questão da violência, são questões que não são mais só das capitais. São questões das cidades de pequeno e médio porte também. No caso do lixo, dos aterros de resíduos urbanos de uma forma geral, há uma importância tremenda nisso. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) precisa se desdobrar também pra além do saneamento ambiental, pra todas as áreas de resíduos.

Precisamos enfrentar o descarte de pilhas, de outros materiais que o fabricante tem que receber de volta. O fabricante que produz algo com impacto ambiental, o fabricante do agrotóxico, tem que se responsabilizar pelo destino final desse resíduo. E a população tem que se responsabilizar pra fazer a separação.

O poder público tem que se responsabilizar por fazer a coleta seletiva, de forma que sobre o mínimo possível para ir para um aterro de resíduos industriais. Aí, nós vamos precisar de menos áreas para fazer aterros, e essas áreas têm que ser devidamente gerenciadas.

Portal: O que temos no Brasil de iniciativas concretas quanto à educação ambiental?
Marcos: Aqui mesmo, em Ponta Grossa, temos o Coletivo Educador dos Campos Gerais. O que nós precisamos fazer é transformar esses projetos pontuais, aproximar o diálogo desses projetos para a construção de políticas públicas.

E aí, temos algumas experiências, do Coletivo Educador de Ponta Grossa, do Coletivo do oeste do Paraná, as salas verdes, que estão acontecendo em diversos lugares do País. O Paraná está construindo sua política estadual de educação ambiental. São passos que estão sendo dados para a construção de um enfrentamento maior que é a degradação sócio-ambiental e a degradação humana.

Mas ainda não podemos dizer que há uma educação ambiental efetiva, eficiente, capaz de reverter esse processo. Nós estamos num momento em que temos que tomar decisões fortes nessa direção. Então, é importante agora, em período eleitoral, que a gente saiba eleger políticos que tenham compromisso com a educação ambiental.

Portal: Qual o papel das secretarias e conselhos municipais de meio ambiente nesse processo?
Marcos: É fazer com que o processo educador chegue a cada cidadão e cidadã, a cada bairro e comunidade. Que chegue não no sentido de conteúdo, de informação, mas no sentido de diálogo, de ouvir quais são as questões, os problemas sócio-ambientais, os desejos de toda população. No sentido desses anseios se transformarem em políticas e resultados, em melhoria da qualidade de vida.

A eleição que vem agora deve colocar isso na pauta do dia. Nós vamos eleger políticos que tenham compromisso com a construção de Conselhos, de Secretarias, de mecanismos que operacionalizem.
Portal: Como tornar as pesquisas em educação ambiental mais acessíveis ao público em geral?
Marcos: Primeiramente, criando comunidades interpretativas e de aprendizagem, o que Paulo Freire chamava de “círculos de cultura”. Nós precisamos que, em toda sociedade brasileira, tenha agrupamentos de pessoas que discutam educação ambiental, que discutam essas pesquisas, que façam pesquisas e que mapeiem a sua realidade.

Então, a construção dessa potência de agir das pessoas, como pesquisadoras, como elaboradoras de conclusões pra melhorar sua própria vida, é essencial. E para fazer isso, para chegar até elas, o papel do poder público, o papel das organizações que trabalham com educação ambiental é muito grande.

Aí, eu acredito que a base social vai ter acesso à pesquisa. Até porque há um conjunto de instituições que é remunerado para isso, ou que tem isso na sua missão, planejando para fazer com que a pesquisa saia da elite, dos pequenos grupos sociais, e chegue a toda base da sociedade.

Portal: E qual seria o papel dos meios de comunicação?
Marcos: Os meios de comunicação precisam assumir a sua posição educadora, que é não só descentralizar a informação, mas também promover a interatividade da informação.

Dar voz aos que estão silenciados hoje, e não dar voz somente ao que o chefe de edição define como prioridade, mas trazer a manifestação da população, nas suas reflexões e nos seus problemas, para dentro do mecanismo de comunicação. Ou seja, se transformar em meio de comunicação, e não de informação apenas.

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