domingo

Ibope: Hélio Santos lidera com 66% em Campinas

Sexta, 26 de setembro de 2008, 23h55 Atualizada às 00h05


Rose Mary de Souza
Direto de São Paulo

De acordo com a terceira pesquisa do Ibope sobre a disputa eleitoral em Campinas, o candidato à reeleição, Hélio de Oliveira Santos (PDT), venceria o primeiro turno com 66% dos votos. Carlos Sampaio (PSDB) recebeu 9% e Jonas Donizete (PSB), 8%. Com a margem de erro de quatro pontos percentuais, ambos estão tecnicamente empatados. Feliciano Filho (PV), Paulo Búfalo (Psol) e Vânia Boscolo (PTN) tiveram 1%, enquanto Mauricio Carvalho (PRB) e Ricardo Xavier (PSDC) não pontuaram. Teodoro Batista (PTdoB) não foi citado. Brancos e nulos somam 5% e 9% dos entrevistados estão indecisos. O instituto ouviu 756 pessoas entre os dias 23 e 25 de setembro. A pesquisa, encomendada pela EPTV de Campinas, foi registrada no Cartório Eleitoral com o número 005/2008.

segunda-feira

Dos 33 parlamentares, 32 tentam se manter no cargo e um quer ser prefeito

Cidades
Vereadores retornam com foco nas eleições

Dos 33 parlamentares, 32 tentam se manter no cargo e um quer ser prefeito

Rose Guglielminetti
Milene Moreto
DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
rose@rac.com.br
milene@rac.com.br

Os 33 vereadores de Campinas retornam hoje do recesso de julho e a previsão é que o foco dos parlamentares não esteja nas pautas das sessões ordinárias, mas sim na disputa dos votos dos eleitores. A expectativa de que a temperatura das reuniões se mantenha baixa é demonstrada pelo número de candidatos à reeleição: 32 dos atuais 33 parlamentares tentam se manter na mesma cadeira conquistada nas eleições de 2004 e, para isso, irão gastar boa parte dos próximos meses tomando café e batendo papo com o eleitorado. Apenas o vereador Paulo Bufalo (PSOL) busca alçar outros vôos e quer ocupar o lugar do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT).

Da atual legislatura, 12 parlamentares irão tentar o segundo mandato. Outros nove, caso eleitos, cumprirão a terceira legislatura. Quatro deles vão para as urnas em busca de serem eleitos para o quarto mandato e seis querem ter a autorização dos eleitores para o quinto. Um deles, Tadeu Marcos Ferreira (PTB), está em franca tentativa de ser escolhido pela sexta vez como vereador de Campinas.

A perspectiva é de que projetos polêmicos sejam incluídos na pauta apenas após as eleições de outubro. Um deles, que altera os salários dos parlamentares e do prefeito pelos próximos quatro anos, provavelmente será analisado somente depois do final da corrida nas urnas. O presidente da Casa de Leis, Aurélio José Cláudio (PDT), afirmou que a Mesa da Câmara não apresentará o projeto. “Pelo regimento, a Mesa só poderia propor a matéria até o dia 30 de junho e isso não ocorreu”, afirmou. Porém, o pedetista alertou que ainda há uma chance de o projeto ser apreciado, caso a Comissão de Constituição, Legalidade e Redação protocole a matéria até o dia 20 de dezembro, último dia do recesso de fim de ano.

Os vereadores campineiros recebem hoje R$ 6 mil e o prefeito R$ 8,3 mil. De acordo com a Lei Orgânica do Município (LOM), os subsídios dos parlamentares só poderão ser alterados a cada quatro anos mediante projeto aprovado em plenário.

A vereadora Marcela Moreira (PSOL) disse que analisou a pauta desta semana e que tudo permanece tranqüilo. “Os trabalhos já estão muito tranqüilos e em boa parte da sessão só existem projetos de denominação de nomes de rua, praças e entrega de diplomas. Acredito também que haverá discussões sobre os vetos, mas a Câmara deve trabalhar para aprovar projetos do Executivo”, afirmou a vereadora.

Aurélio, porém, acredita que o processo eleitoral não irá prejudicar o trabalho legislativo. “Sei que estamos retornando num momento difícil em função do processo eleitoral, mas não acredito que influenciará o processo legislativo”, disse ele. A pauta de hoje tem 12 itens, sendo cinco projetos de nomes de ruas e um de concessão de título de cidadão campineiro. Os demais vão de concessão de alvará de funcionamento provisório para pequenos comércios a vetos totais do prefeito.

Acostumado com a rotina da Câmara em ano de eleição, o vereador mais antigo em exercício na cidade, Tadeu Marcos Ferreira (PTB), que tenta agora o seu sexto mandato, acredita que a volta das sessões será de expediente normal. “É época de trabalho e o eleitor está atento. Acredito que não teremos muitas ausências até mesmo por causa da TV Câmara. Quando estive à frente da Presidência, atingi o menor índice de ausência. Acho que agora não será diferente. Também acho que o nosso atual presidente, Aurélio Cláudio, deveria seguir a determinação da Câmara Federal de descontar o dia no salário do vereador que faltar à sessão”, aconselhou.

Quem também acredita que a proximidade das eleições não deve alterar os trabalhos do Legislativo é o vereador Dário Saadi (DEM). “Qualquer diminuição do trabalho joga contra a Câmara. É preciso se organizar com responsabilidade para conseguir tocar a rotina nesse período. É uma preocupação continuar trabalhando porque os eleitores estão atentos, porque temos regras e também a TV Câmara que permite ao eleitor fiscalizar os trabalhos dos seus vereadores e candidatos”, disse Saadi.

Marcela também avalia que os escândalos, como o de funcionários fantasmas, que atingiram o Executivo e o Legislativo campineiros já refletiram na decisão do eleitorado de conhecer melhor os candidatos que devem ocupar as cadeiras do Legislativo. “Muitas pessoas comentaram comigo nas ruas os escândalos da Câmara. Eles sabem. Os eleitores não são bobos”, comentou.

Poluição visual com propaganda de candidaturas infesta bairros mais afastados do Centro - 21/09/2008

Cidades
Candidatos ignoram lei na periferia

Poluição visual com propaganda de candidaturas infesta bairros mais afastados do Centro

Milene Moreto
DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
milene@rac.com.br

A propaganda eleitoral dividiu Campinas em duas. No Centro, as atividades estão dentro do que prevê a legislação e os candidatos não se arriscam a desafiar a Justiça. Na periferia a história é outra. Regiões afastadas como a do Campo Grande viraram território sem lei e nelas, vale tudo para conquistar um voto.

A reportagem da Agência Anhangüera de Notícias (AAN) percorreu durante três dias bairros como Satélite Íris, Itajaí, e Jardim Maracanã, um prato cheio para os candidatos que pretendem ampliar o eleitorado em local esquecidos pelo poder público, sem asfalto, sem esgoto e que abrigam parte da população mais carente da cidade.

Para ter acesso a essa região é preciso passar, obrigatoriamente, pela a Avenida John Boyd Dunlop que foi transformada em “mural” dos candidatos. Além disso, a via é depósito de lixo eleitoral: resultado da briga entre os concorrentes, que rasgam e quebram placas de seus adversários.

A campanha na região segue o estilo adotado antes da minirreforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pretendia proporcionar um pleito sem favorecer candidatos com alto poder aquisitivo. Como resultado, uma disputa mais justa e democrática.

Na última semana, a AAN também flagrou uma prática antiga e proibida aos candidatos: a distribuição de cestas básicas. Apesar de serem entregues pelo programa Prato Cheio da Prefeitura, três concorrentes à Câmara de Campinas assumiram a autoria do projeto e pediram votos e cadastramentos às pessoas que esperavam na fila para pegar os alimentos com a garantia de mais distribuição caso fossem eleitos vereadores. A cena ocorreu no Parque da Amizade, também na região do Campo Grande, e envolveu os candidatos Pedro Rosa (PR), Rossanas Brasil (PDT) e Edison Ribeiro (PMN). O assédio, assim como a publicidade excessiva, também irritou os eleitores.

A maior parte dos cavaletes que estavam no canteiro central da avenida John Boyd Dunlop na última quinta-feira perteciam ao candidato a vereador conhecido como “Vermelho” (PSDB) e a outro concorrente a uma vaga na Câmara, Carlinhos Artioli (PCdoB).

Na última sexta-feira, as placas no canteiro estampavam o rosto e a legenda do vereador candidato à reeleição Sérgio Benassi (PCdoB), do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), da vereadora Leonice da Paz (PDT) — cassada depois da comprovação de compra de votos com cestas básicas nas eleições de 2004 — e também no local estavam as estrelas vermelhas, símbolos do PT, que foram vistas na região central no mês passado.

Além disso, a determinação de pedir permissão para a colocação de publicidade em propriedades particulares, na maioria das vezes, não ocorre. “Tem muita gente que trabalha para os candidatos e aparece aqui colocando placa em tudo quanto é lugar. Ninguém pede não. Geralmente, se num terreno tem apenas uma placa, em dois dias chega a ter mais de 50”, contou o comerciante Robson de Souza, de 32 anos, que trabalha próximo a uma área que abriga publicidade de mais de 20 candidatos e diz nunca ter visto qualquer um dos homens que trabalham para os políticos conversando com os donos do local.

Indignação

A contabilista Maria Aparecida Cancio, de 45 anos, disse que está indignada com a situação e a sujeira desta campanha. Ela mora na região do Campo Grande e afirma que a poluição visual das eleições não conquista de maneira nenhuma o seu voto. “O lugar já está saturado de propagada. A cerca que fica em frente ao terminal de ônibus virou uma baderna. É uma vergonha. Nenhum candidato chega aqui e vem falar com a gente para saber dos problemas. Só querem mesmo pregar cartazes”, disse.

Para ela, a atitude é uma falta de respeito com o cidadão. “Eles dizem em suas propagandas políticas que vão fiscalizar. Mas agora o que pensar se eles mesmos desrespeitam as leis? É preciso alertar os candidatos que a população não está de olhos fechados para isso”, afirmou Maria Aparecida.

A área onde fica a cerca lotada de publicidade está praticamente abandonada e ninguém sabe dizer no local quem é o proprietário das terras e para quem deveria ser solicitada a autorização.

Centro

A publicidade eleitoral segue um caminho diferente no Centro da cidade e é focada, principalmente, em bandeiras, carros de som e placas carregadas por cabos eleitorais. Para cumprir a lei os candidatos precisam desembolsar parte da verba da campanha e pagar cabos eleitorais. O salário mensal de cada um pode variar de R$ 450,00 a R$ 650,00. Construções que também abrigavam apenas uma ou duas placas de candidatos, agora já acumulam dezenas.

A diferença na prática desse tipo de publicidade é que as placas dos candidatos precisam ser carregadas por alguém, ou seja, não pode ser fixa da forma como é disposta, irregularmente, na periferia.

A primeira candidata na cidade que se arriscou a espalhar cavaletes foi a vereadora Marcela Moreira (PSOL), logo no início da campanha eleitoral. Ela foi notificada pela Justiça e recolheu o material da campanha para a reeleição.

O vereador Noel Cordeiro (PR) perdeu o registro de sua candidatura depois que utilizou material e funcionários da Prefeitura para recuperar uma praça adotada por sua loja de móveis. No local ele colocou uma faixa dizendo que a responsabilidade da manutenção da área era dele. O próprio prefeito Hélio foi multado pela Justiça Eleitoral por estampar sua propaganda em um muro que ultrapassava quatro metros quadrados, dimensão permitida pela lei.

SAIBA MAIS
Veja algumas das proibições da lei eleitoral

4º Artigo 12, inciso 3º: é proibida a realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral

Artigo 12, inciso 4º: é vedada na campanha eleitoral a confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor.

Artigo 13: nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a eles pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados.

Artigo 14: em bens particulares, independe da obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral, a veiculação de propaganda eleitoral por meio da fixação de faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições que não excedam a 4 metros quadrados e que não contrariem a legislação inclusive a que dispõe sobre posturas municipais

Multas: quem infringir qualquer desses dispositivos está sujeito a multas no valor de R$ 2 mil a R$ 8 mil ou apresentar defesa. O candidato infrator terá um prazo de 48 horas para remover e restaurar o bem

Fonte: TRE-SP

PONTO DE VISTA
Adriana S.B. de Jesus
policial militar

Segurança é prioridade

A Segurança Pública e a Saúde são as duas áreas que mais necessitam de atenção do próximo prefeito, seja quem for o candidato eleito em outubro. Espero que o escolhido pela população não interrompa o que foi começado e dê continuidade aos investimentos para melhorar os postos de saúde e os hospitais da cidade. O Hospital Ouro Verde foi bem vindo, mas precisa de mais recursos para funcionar completamente. Outra prioridade é ampliar os investimentos em mais escolas da rede municipal, assim como é necessário moralizar um pouco a Emdec que está banalizando as multas e virou mesmo uma indústria. Eles dizem que é para diminuir os acidentes e melhorar o trânsito, mas não acredito nisso, acho que é mesmo uma indústria de multas.

PALANQUE

Passeata
Jonas Donizette (PSB) mantém durante a semana o ritmo intenso de campanha. Hoje ele realiza uma passeata na Vila Esperança e, em seguida, se reúne com os moradores do bairro. No início da noite o candidato ainda marcou de se encontrar com os servidores públicos.

Fôlego
Carlos Sampaio (PSDB) visita a Ciretran no início da manhã e segue direito para uma caminhada na região Sul de Campinas. No meio da tarde ele retorna para ouvir os moradores do Centro. No início da noite participa de uma entrevista na emissora TVB. O tucano ainda terá fôlego para se encontrar com os moradores de Sousas.

Tempo
Mesmo reclamando do pouco tempo de propaganda na televisão do Partido Verde, o candidato Feliciano Nahimy Filho (PV) vai se dedicar hoje a gravação de sua publicidade para o horário eleitoral gratuito. Fora isso, ele também se reúne com os candidatos a vereador do PV.

Clima cordial marca o encontro promovido pela rádio CBN

Debates tomam agenda de candidatos de Campinas

Clima cordial marca o encontro promovido pela rádio CBN

Fábio Gallacci
DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
gallacci@rac.com.br

Dois debates ocuparam a agenda de ontem dos candidatos a prefeito de Campinas. Pela manhã, os quatro mais bem colocados na última pesquisa Ibope de intenção de voto foram os convidados da rádio CBN no hotel Royal Palm Plaza. À noite, o segundo debate, promovido pelo Fórum Interconselhos do município, na Associação Campineira de Imprensa (ACI), foi completamente esvaziado pela ausência dos quatro participantes do encontro da manhã, que declinaram do convite ou justificaram o não-comparecimento. Estiveram presentes apenas os quatro nanicos: Ricardo Xavier (PSDC), Vânia Boscolo (PTN), Theodoro Batista (PTdoB) e Maurício Carvalho (PRB) num evento sem qualquer vibração ou confronto.

O vereador Paulo Bufalo (PSOL) anunciou que se atrasaria em função da sessão na Câmara Municipal, porém, até as 20h, uma hora após o início do evento, não havia chegado.

No encontro da manhã, houve um clima cordial, em que todos evitaram um confronto mais direto, que seria esperado em uma reta final de campanha. Com discursos bem ensaiados e frases que vêm sendo repetidas à exaustão em diversas entrevistas, o atual prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), Carlos Sampaio (PSDB), Jonas Donizette (PSB) e Feliciano Nahimy Filho (PV) protagonizaram um encontro sem emoção, onde muitos pontos polêmicos, e importantes para os eleitores, não foram mencionados.

Questionado sobre a temperatura do debate pela reportagem da Agência Anhangüera de Notícias (AAN), Hélio reagiu de imediato. “Foi morno para você (o repórter). Vai sentar ali na bancada que você verá o que é ser questionado a respeito de uma série de coisas, como saúde, educação, transporte, segurança, trânsito, saneamento... (O debate) Envolveu uma gama enorme de aspectos e temos que estar preparados para responder”, afirmou o candidato à reeleição, sem deixar de criticar os adversários.

“Agora, é preciso responder de forma verdadeira, sem usar de demagogia. A população não é boba, ela não se deixa enganar. Ela sabe o que está acontecendo no seu bairro, na sua região, na sua cidade”, acrescentou Hélio.

Donizette também fez questão de dizer que teve uma participação ativa. “Eu fiz perguntas diretas, questionando, falando o que estava errado e sem precisar pedir desculpa para perguntar. Eu acredito que tive a mesma conduta do primeiro debate que participei (na TVB, no último dia 10), ou seja, uma conduta objetiva, buscando respostas para os problemas de Campinas. Não dá para você resvalar para o outro lado porque isso não é de interesse da coletividade. Nós temos que debater o que interessa para o cidadão”, argumentou.

Mantendo a mesma postura que adotou no debate, o candidato tucano preferiu o tom diplomático. “Todos os temas foram debatidos com profundidade e onde foi necessária uma crítica, no sentido de apontar falhas e soluções, os candidatos se posicionaram. Acho que aqui ninguém recuou, muito pelo contrário, foi para o embate, mas um embate nos campos crítico e político, nunca no âmbito pessoal. Essa questão de não ir para o âmbito pessoal é o que eu achei de mais importante”, disse. “Não tem sentido a gente ir para um debate ou para um programa eleitoral para simplesmente falar mal dos outros. Usar o horário político para você falar mal dos outros é porque você não tem absolutamente nada de bom para falar de si mesmo”, afirmou Sampaio.

Tempo

Para Feliciano, mesmo sem grandes momentos, o debate serviu para dar a mesma oportunidade de tempo para os candidatos se expressarem. “Hoje, infelizmente, existe uma discrepância muito grande (em relação ao tempo no horário político). Enquanto eu tenho um minuto e meio, o candidato à reeleição tem quase 17 minutos. Enquanto eu tenho três inserções (na programação das redes de TV e rádio), ele tem quase 40 inserções. É a mesma coisa que você ver um jogo de futebol onde de um lado só exista o goleiro e do outro tenha os onze jogadores”, comparou o candidato do PV, concordando que o clima do encontro dos adversários foi mais ameno do que se esperava. “Acho que todos os candidatos se preservaram”, justificou. (Colaborou Angela Kuhlmann/AAN)

PONTO DE VISTA

Aroldo Roberto Berçot
Aposentado, 46 anos

Buracos têm que acabar

Em primeiro lugar, acho que a próxima Administração tem que resolver a questão da pavimentação de pouca qualidade. Os buracos nas ruas e nas calçadas são muitos e complicam a vida das pessoas. Esses dias, caí em um deles e estourei dois amortecedores do meu carro. Não adianta recorrer à Prefeitura porque você vai lutar, mas nunca receberá de volta o que perdeu com o prejuízo. Outro problema é a falta de lixeiras. Não existem lixeiras na cidade e, na minha opinião, isso deveria existir de quarteirão em quarteirão. Falta uma preocupação maior com os detalhes de infra-estrutura do Centro da cidade e também dos bairros. Na periferia, a principal questão é o saneamento básico. Devem ser tomadas medidas para garantir essa melhoria à população. Vim do Rio de Janeiro e moro em Campinas há 7 anos e acredito que é possível que as coisas mudem aqui, mas é preciso uma mudança de consciência primeiramente. Esperança é sempre a última que morre. Se os políticos não quisessem tanto dinheiro no bolso a situação seria melhor. Muita gente entra na política para ficar famoso ou ficar rico. Ninguém faz nada, os projetos são arquivados. É preciso mudar a consciência.

PALANQUE
Mande sua mensagem para urna@rac.com.br

Panfletagem
Paulo Bufalo (PSOL) realiza pela manhã uma panfletagem no Centro de Saúde do bairro Campos Elíseos. Logo em seguida, segue para o estúdio onde grava seus programas de TV. À tarde, faz visitas aos comerciantes de Barão Geraldo ao lado da candidata à reeleição, vereadora Marcela Moreira (PSOL). À noite, o candidato acompanha debate em Barão Geraldo.

Propaganda
O candidato Feliciano Nahimy Filho (PV) grava hoje de manhã mais uma série para a propaganda eleitoral gratuita para a televisão. Será que ele vai atacar de repórter na periferia novamente mostrando os problemas dos bairros? À tarde, Feliciano segue para seus compromissos na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, na Capital.

Visita
O deputado Jonas Donizette (PSB) tem como um de seus compromissos hoje pela manhã uma visita à Prefeitura de Campinas, que foi confirmada na noite de ontem. Pelo jeito, vai rolar um bate-papo com os servidores. Durante a tarde, também está programada uma reunião com lideranças comunitárias do bairro Nossa Senhora Aparecida.

domingo

Investigação de suposto abuso de poder do atual prefeito

Regional: Eleições 2008
10/09/2008 - 09h22
Fonte: Folha Online

Justiça de Campinas manda Promotoria investigar suposto abuso de poder de prefeito
Além de pedir a abertura de investigação por abuso de poder, o juiz Fábio Henrique Prado de Toledo ordenou a suspensão parcial da ordem de serviço, que ficava sob responsabilidade direta do Gabinete do Prefeito.

A Justiça Eleitoral de Campinas (99 km de SP) determinou ontem que o Ministério Público instaure uma investigação judicial eleitoral para apurar suposta prática de abuso de poder político praticada pelo prefeito da cidade e candidato à reeleição, Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), 57.

O motivo da decisão judicial foi uma ordem de serviço da Prefeitura de Campinas, de 19 de agosto, que determinou que todos os partidos políticos interessados em fotografar ou filmar unidades ou órgãos da prefeitura peçam --com pelo menos um dia de antecedência e por escrito-- uma autorização.

Além de pedir a abertura de investigação por abuso de poder, o juiz Fábio Henrique Prado de Toledo ordenou a suspensão parcial da ordem de serviço, que ficava sob responsabilidade direta do Gabinete do Prefeito.

"Ainda que a ordem de serviço nº 636, de 19 de agosto, do prefeito de Campinas seja reprodução de outras ordens editadas anteriormente, por ocasião das eleições ocorridas em 2000 e em 1996, a presente apresenta uma peculiaridade marcante. É que o atual prefeito é candidato à reeleição", diz o juiz em um trecho da decisão.

O suposto abuso de poder foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral.

Após a publicação da ordem de serviço no "Diário Oficial", ao menos quatro partidos tiveram suas equipes impedidas de realizar imagens para a campanha eleitoral em unidades públicas municipais.

Em um dos casos, houve bate-boca entre um funcionário de um centro de saúde e a equipe que tentava gravar imagens para o programa do candidato tucano Carlos Sampaio, que foi quem ingressou com representação na Promotoria.

O coordenador jurídico da campanha de Dr. Hélio, Carlos Henrique Pinto, disse que a ordem de serviço não configura abuso de poder e que a medida visava evitar que o serviço público fosse prejudicado durante as gravações de imagens.

MAURÍCIO SIMIONATO

Dos deputados que mais faltam em Brasília, oito são candidatos a prefeito SÃO PAULO

Dos 513 deputados que compõem a Câmara dos Deputados, 54 deles já faltaram a, pelo menos, 25% das sessões plenárias realizadas entre janeiro de 2007 e 4 de setembro de 2008. Isso porque, para cada parlamentar, são descontadas as sessões que aconteceram durante seu período de licença.

O levantamento feito pelo projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil, dedicada ao combate à corrupção, revela que desses 54 deputados, oito são candidatos a prefeito nas eleições de outubro.
Carlos Sampaio (PSDB), candidato em Campinas (SP), faltou a 25% das sessões. Carlos Souza (PP), que concorre em Manaus (AM), tem 30% de ausência; Cezar Schirmer (PMDB), candidato em Santa Maria (RS), tem 28%; Ilderlei Cordeiro (PPS), de Cruzeiro do Sul (AC), tem 26%. Manoel Salviano Sobrinho (PSDB), que concorre à Prefeitura de Juazeiro do Norte (CE), faltou a 27% das reuniões; Mauro Mariani (PMDB), candidato em Joinville (SC), não compareceu em 34%. Sandro Matos (PR), candidato em São João de Meriti (RJ), tem 39% de ausência; e Tonha Magalhães (PR), de Candeias (BA), faltou a 25%.
Entre os 54 deputados que estão mais ausentes das sessões plenárias, três são do Rio Grande do Norte, o que representa 37% dos parlamentares deste Estado. Um quarto (25%) dos representantes dos Estados do Acre, Amazonas e Amapá também estão entre os mais ausentes.
No site da ONG Transparência Brasil é possível acessar a lista completa da assiduidade de cada deputado.
Outro levantamento feito pela ONG, divulgado na semana passada, mostrou que parlamentares-candidatos doam a si mesmos mais que 50% do que declararam ter à Justiça Eleitoral nas eleições de 2004 e 2006. Há também candidatos que fazem doação de valor maior que os bens declarados.

Prefeito de Campinas (SP) é alvo de ataques em debate no rádio

17/09/2008 - 21h57

Prefeito de Campinas (SP) é alvo de ataques em debate no rádio.
(Maurício Simionato – Agência Folha, em Campinas)
Líder nas pesquisas, o prefeito de Campinas (SP) e candidato à reeleição, Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), 57, enfrentou diversos ataques à sua administração no debate promovido pela Rádio CBN/Campinas, na manhã desta quarta-feira. As principais críticas foram feitas nas áreas de saúde, transportes e ambiente.
Além de Dr. Hélio, participaram do debate outros três candidatos mais bem colocados na última pesquisa Ibope/EPTV: o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB), o deputado estadual Jonas Donizette (PSB) e o deputado estadual Feliciano Nahimy Filho (PV).
Como Feliciano aparece empatado na quarta colocação na última pesquisa com outros dois candidatos, a sua participação foi definida por sorteio.
"Em 60% dos postos de saúde não há médicos. Também faltam remédios. A situação da saúde de Campinas é caótica", disse Sampaio.
Já Donizette criticou o excesso de auto-publicidade realizado por Dr. Hélio em sua campanha eleitoral. Feliciano atacou a falta de gestão da atual administração para resolver problemas no aterro sanitário.
Dr. Hélio rebateu aos ataques e prometeu mais investimentos. Ele disse que as críticas dos adversários são "demagógicas e primárias".
Segundo pesquisa Ibope divulgada em 29 de agosto, Dr. Hélio tem 63%, seguido por Sampaio, com 12%, Donizette, 7%, Vânia Boscolo (PTN), 1%, Feliciano Nahimy Filho (PV), 1%, e Paulo Bufalo (PSOL), 1%. O candidato Maurício Carvalho (PRB) não atingiu 1%. Ricardo Xavier (PSDC) e Theodoro Batista (PT do B) não foram citados. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Eleição em Campinas deve ser definida em primeiro Turno.

Um orçamento de R$ 1,5 bilhão “bem administrado”, num tempo de forte crescimento econômico que teve a cidade, hoje com cerca de 1 milhão de habitantes - 600 mil deles eleitores -, mais o apoio declarado ao governo federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a devida reciprocidade são os principais ingredientes da receita que dá ao candidato Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio, prefeito da cidade, 63% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Ibope/EPTV, divulgada no início do mês. “São números que refletem mesmo a realidade e que indicam, nesse momento, que não deve haver segundo turno na cidade”, afirma o professor Valeriano Mendes Ferreira Costa, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“A administração dele é bem avaliada pela população e ele teve um timing correto para inaugurar obras como o Hospital Ouro Verde e a Rodoviária no dentro e bem no final do prazo permitido pelo calendário eleitoral”, diz o professor sobre o candidato da coligação “Unidos por Campinas” (PDT-PMDB-DEM-PTB-PP-PPS-PR-PCdoB-PT-PSC-PMN-PRP). Atrás dele, o 2º colocado é o deputado federal tucano Carlos Sampaio, com 12% das intenções, na mesma sondagem.

Conforme explicou o analista político, o maior impacto das realizações da administração municipal nos últimos quatro anos recaiu sobre a classe média. Segundo ele, o Dr. Hélio acabou com a “Campinas esburacada”. “As obras de recuperação nas principais ruas e avenidas da cidade e o asfaltamento em áreas da periferia foram ao encontro da aspiração da classe média. Essas ações, mais o novo hospital - há 34 anos havia sido aberto o último hospital da cidade - somado ao perfil populista do prefeito estão garantindo essa vantagem praticamente inalcançável na preferência dos eleitores.”

Para tentar reverter o quadro, a oposição tem batido forte no prefeito de Campinas em relação ao “abandono de postos de saúde da periferia e de atendimento precário”. “Acontece que a própria propaganda do Dr. Hélio reconhece esses problemas e isso amortece muito os golpes”, afirma o analista.

Congressista

Sampaio, o candidato do PSDB, teve sua imagem afetada pelas crises no Congresso. “A imagem de todos os deputados e congressistas acabou afetada ao longo desses quatro anos. Sem contar que ele já possui o desgaste natural de ter disputado e perdido duas eleições municipais”, explica Ferreira Costa, comentando a performance do segundo colocado nas intenções de voto com 12% - 51 pontos percentuais atrás do Dr. Hélio.

Campinas tem outros sete candidatos a prefeito e 549 candidatos a vereador. Também disputam a prefeitura da cidade do interior paulista os candidatos Theodoro Batista (PTdoB), Ricardo Xavier (PSDC), Feliciano Filho (PV), Jonas Donizette, da coligação “Campinas Mais Humana” (PSB-PTC), Dra. Vânia, da “Melhor para Campinas” (PSL-PTN-PHS-PRTB), Paulo Bufalo, da “Frente de Esquerda de Campinas” (PSOL-PSTU-PCB), e Maurício Carvalho (PRB).AE

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